Luta, substantivo feminino
Temos a força das Mães de Maio, enquanto a polícia empacota os seus filhos de presente pro sistema carcerário, e o filho do empresário?
Por Pham Dal Bello Chiardelli
Capacho do macho, sem voz para o “eu acho”, a revista alisa os seus cachos. Vítimas de mãos opressoras, invisíveis segurando a vassoura Seu estado é ignorado pelo Estado, um grito em ouvido surdo e o assassino segue o ensaio. Temos a força das Mães de Maio, enquanto a polícia empacota os seus filhos de presente pro sistema carcerário. E o filho do empresário? Pagou fiança e desconhece o judiciário. Repare que no meu ventre, não tem uma placa escrito “entre”. Cavalo branco duvidoso, tire suas aspas do meu gozo tantas, várias, incontáveis, cansada de princesas frágeis. Quantas Marias sofridas? Para cada ameaça de morte, te aponto a minha ameaça de vida! Sou Frida, Pagu e Rosa, palavra, poema e prosa. Sou aquela chamada de cadela, anorexia na passarela e a guerrilheira de Marighella . Sou molotov, esmalte vermelho, tom do MST sou Eva e sou a bunda que você vende na tv. Sou a saia curta da estuprada, o vídeo compartilhado da depravada, o salário vergonhoso da empregada, que limpa o sangue da patroa no chão, que apanhou ontem, de novo, do patrão. Todo dia é dia de guerra , enquanto houver um covarde minha luta passa batom, na palavra LIBERDADE!
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