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Em Sarandi (RS), detentos fazem mobilização pela paz


 O Grupo de Justiça Restaurativa e a Pastoral Carcerária realizaram o encerramento e a entrega de certificados para 46 formandos, do curso de Fundamentos da Justiça Restaurativa, no último sábado, dia 11 de fevereiro, às 11h no Centro de Pastoral.

Esta foi à terceira formação da comunidade local, em que aconteceram muitos momentos de mudanças e de um olhar diferente para a vida. Os Fundamentos da Justiça Restaurativa são processos vivenciais baseados na metodologia das Escolas de Perdão e Reconciliação – ESPERE desenvolvida pela Fundación para la Reconciliación em Bogotá, Colômbia. Aprimora habilidades necessárias para acolher o conflito e favorecer uma convivência mais humana e menos violenta, abrindo para as possibilidades do perdão, de uma justiça justa e da reconciliação.

Tem como conceitos fundamentais: A consciência da raiva e do conflito presente nas relações e o exercício para sua superação ou transformação: encarar, sentir, falar e refletir a respeito. A justa justiça para restaurar o dano, recuperar o malfeito e restabelecer a convivência entre as pessoas. A responsabilização e restauração como alternativa à punição.

As turmas foram conduzidas por facilitadoras do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo – SP: Claudia Carolina Gonzále

z Mendoza do México. Missionária católica, antropóloga socio-cultural, Colaboradora das Escolas de Perdão e Reconciliação no México. Voluntária na Pastoral Carcerária desde 2014, dando cursos de Justiça Restaurativa e oficinas de ESPERE.

Helena Christo, professora aposentada e membro da pastoral carcerária de São Paulo. Dá cursos de Fundamentos de Justiça Restaurativa em presídios desde 2014.

Stela Maria Martins, formada em Ciências da Religião, estudando Ciências Sociais. Mora no Rio de Janeiro, é formada em Fundamentos JR pelo CDHEP faz um estágio com a equipe no presídio.

Petronella Maria Boonem, Doutora e mestra em sociologia da educação pela Universidade de São Paulo/USP com tese sobre Justiça Restaurativa. Tem graduação em Ciências Sociais pela USP e especialização em mediação de conflitos pela Pontifícia Universidade de São Paulo – PUC/SP. Atuou como pesquisadora no Núcleo de Estudos da Violência-USP. Co-Fundadora da linha de Práticas Restaurativas do CDHEP. Palestrante com trabalhos na Guatemala, Peru, Colombia, Paraguai, Romênia, Bolívia e Áustria. Dá cursos, oficinas e palestras sobre Práticas de Justiça Restaurativa em diversas partes do Brasil com pessoas ligadas principalmente à área educacional, prisional e pastoral. Foi coordenadora das Escolas de Perdão e Reconciliação- Brasil pela Fundación para la Reconciliación de Bogotá, Colombia.

Depois da diplomação e pronunciamentos, todos se deslocaram, apesar da chuva até o Presidio Estadual de Sarandi, onde lá foi realizado um ato simbólico de Paz, colocando fitas brancas penduradas na cerca em frente ao Presidio, com muita oração e palavra de ordem dando força para os presos no sentido que estão todos torcendo e rezando pela recuperação dos mesmos, também foi realizada uma caminhada.

Reprodução da matéria publicada no site Diário RS.

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