Segundo o índice global de desigualdade de gênero, o Brasil ocupa o segundo lugar de desigualdade entre homens e mulheres na América Latina.
No que diz respeito ao acesso à justiça, as mulheres enfrentam barreiras específicas no Brasil. Pesquisas como “Acesso à Justiça no Brasil: uma análise sobre as questões de gênero”, publicada em 2020, demonstram como as mulheres acessam menos o aparato da “justiça” se comparado aos homens.
É também necessário dizer que a cada 8 minutos uma mulher é vítima de violência sexual no Brasil e que apenas 1% dos agressores são responsabilizados. No Brasil houve, ainda, um aumento de 43% no número de feminicídios desde 2019, considerando os quatro anos anteriores, conforme levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O contraponto da não responsabilização de agressores e a desigualdade de gênero no acesso à justiça no Brasil é o índice de encarceramento de mulheres: somos o 4º país no mundo com população feminina encarcerada, com um aumento de 455% da taxa de aprisionamento entre 2000 e 2016.
Esses índices demonstram como a cultura punitivista, como parte da violência de gênero, da cultura patriarcal e do Estado penal, tende a agravar a violência contra as mulheres.
Nós, trabalhadoras do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo, acreditamos que sem feminismo não existe democracia. Reafirmamos o nosso compromisso com ações que se opõem ao sistema capitalista e patriarcal que nos subordina e mata.
Ações desenvolvidas em 2022 pelo CDHEP com mulheres: acesse e confira!
> Projeto Estamos Juntas bit.ly/tamojuntassite | bit.ly/tamojuntasface> Elas com Elas bit.ly/cdhepelascomelas> Plantão jurídico popular para mulheres contato via WhatsApp no número (11) 94494-5726> Atendimento psicológico para mulheres mulheres acompanhadas nas outras ações do CDHEP
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